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Olhares, agora lá!

A mostra coletiva “Olhares Femininos: aqui e lá” estará em exibição de 18 de junho até 04 de agosto na Galeria Meninos de Luz. Rua Saint Roman, 149, Pavão-Pavãozinho, Copacabana, no Rio de Janeiro/RJ, integrando o conjunto de exposições do projeto FOTORIO 2011. Com curadoria de Guy Veloso, paraense, e Marco Antonio Portela, carioca, a mostra reúne trabalhos de várias vertentes contemporâneas de 28 fotógrafas brasileiras e já foi realizada em 2010 na Galeria Fotoativa em Belém/PA. Se estiver no RIO visite!

PRETÉRITO IMPERFEITO

PRETÉRITO IMPERFEITO DE TERRITÓRIOS MÓVEIS é uma pesquisa experimental sobre a visualidade dos álbuns de Redes Sociais e sobre as possibilidades de transposições de imagens do meio virtual para o físico. As experimentações se dividiram em duas linhas cujo enfoque se deu no uso interativo da fotografia com dispositivos online que abordam o rosto como território e territórios como rostos/caras de pessoas, de lugares. É no rosto, e até na ausência dele, que se situam as séries EGOSHOT, BIOSHOT e THERE’S NO PLACE LIKE 127.0.0.1, respectivamente.
São os disparos (SHOTS) de câmeras fotográficas em diferentes tipos de superfícies fotográficas (PLACES), que determinaram a titulação das séries, e ter adotado palavras em inglês não se deu à toa, pois são elas que mais abrem as portas dos ambientes digitais, e daí considerá-las não só como palavras-chaves , como também espécies de imagens-territórios.
A chamada WEB 2.0 permite que qualquer usuário estabeleça sua própria maneira de se relacionar com textos, sons e imagens, criando ele mesmo seus deslocamentos, apropriações, paródias e outros tipos de procedimentos restritos antes ao campo das artes.
Fotografando as projeções de ambientes virtuais em paredes, escadas, portas, reflexos em vidros e espelhos dos territórios íntimos, se estabeleceu uma conexão com algo que vai além da mera apropriação, por se tratar de fato de algo muito próximo do exercício da alteridade. Apropriando-se das imagens de terceiros (no duplo sentido: imagem do corpo e do espírito do outro através do seu olhar) e misturando-as com meus objetos, cenários e até os maneirismos artísticos pessoais, de certa forma mistura-se algo de si a elas e vice-versa, como um diálogo sem palavras, um jogo de espelhos. Ter se colocado no lugar desse outro ‘eu’ se experimentou um pouco do jogo de Alice de Lewis Carroll, onde brinca-se que o ‘eu é um outro’ (‘I ist an other’ ou ‘je est un autre!’) assumindo a forma invertida de conjugar a própria imagem que se reflete no corpo, no rosto e no olhar do outro, nesse sujeito anônimo e desconhecido que se expõe na web sem reservas como se fosse íntimo.
Trata-se, de fato, de um trabalho de apropriação de algo que geográfica e fisicamente estava inacessível para mim, mas ao representar mundos e pessoas da forma como proponho em Pretérito Imperfeito convido novos observadores a visitarem imagens-territórios como se eles de fato existissem através da forma como eu os enxerguei. Não há nada de extraordinário nas imagens, nenhuma inovação tecnológica, proposta ideológica revolucionária, e trata-se antes de uma tentativa de dar a ver como as nossas ferramentas, idéias, comportamentos e artefatos são manipuláveis e investidos de significados múltiplos. Talvez uma constatação para a frase ‘o verdadeiro ato da descoberta não consiste em descobrir novos territórios, mas, sim, vê-los com novos olhos’ de Marcel Proust.
Se a fotografia ajudou a construir as muitas versões do que seja o mundo para nós, é mais do que natural que esse imenso banco de imagens que hoje se encontra online se pareça tanto com um vasto e novo território para constantes descobertas, assim como outros lugares o foram no século XIX por ocasião do surgimento da fotografia. São estas palavras-imagens, e esse passado quase imediato de contorno imperfeito e de pretérito inconcluso que mais me intrigam hoje.

PARA SABER MAIS E ACOMPANHAR AS NOTÍCIAS DO PROJETO ACESSE: http://territoriosmoveis.wordpress.com

A brush with light


Acima, capa do catálogo da Mostra ‘A brush with light’, em Newport/England, com foto de Miguel Chikaoka (PA).

A convite da Universidade de Newport – País de Gales, a Associação Fotoativa, do Pará, foi parceira do simpósio “A BRUSH WITH LIGHT”, que aconteceu em abril, no Centro Cultural Riverfront em Newport, País de Gales, em abril de 2010.

Acima, pagina do catálogo da Mostra ‘A brush with light’, em Newport/England. Abril/2010, em que algumas imagens da série Bioshot, entre outras, foram expostas.
Paralelo ao Simpósio aconteceu a exposição coletiva “Light & Lightness”, com curadoria da cineasta brasileira Patricia Costa e do professor da Escola de Arte, Mídia e Design da Universidade de Newport, Humphry Trevelyan. A mostra foi dividida em duas linhas temáticas: “Light”, com exibição de uma seleção de trabalhos de nove fotógrafos paraenses, e “Lightness”, apresentando trabalhos de jovens fotógrafos paraenses e gauleses e quatro vídeo-instalações sobre o processo de trabalho de alguns fotógrafos paraenses.

Participaram da Mostra Alberto Bitar, Alexandre Sequeira, Elza Lima, Flavya Mutran, Guy Veloso, Ionaldo Rodrigues, Irene Almeida, José Jr., Joyce Nabiça, Lu Magno, Mariano Filho, Miguel Chikaoka, Naylana Thiely, Patrick Pardini, Paula Sampaio, Rafael Araújo e Walda Marques, além dos ingleses Brenda berry, Celia Jackson, Corinne GartmannNeil Smithson e Siobhan Canavan

Programando Pretérito

Começando a entrar na fase mais gostosa e delicada da mostra Pretérito: o catálogo. Gosto cada vez mais das coisas simples, limpas e sem rebuscamentos. Fáceis de ver e boas de ler.

O projeto gráfico da Mostra inclui identidade visual para a galeria, press releases, convites, website, catálogo e, claro, tudo o que envolverá a parte gráfica da dissertação no IA/UFRGS. Por enquanto tudo dentro do cronograma. Idéias não faltam.

Acima, vista geral da Galeria Xico Stockinger, na Casa de Cultura Mario Quintana, onde será a Mostra Pretérito a partir de março de 2011. Porto Alegre/RS
Foto: Flavya Mutran

Culture Robot 4.0

Desde o último dia 31 de outubro começou em Porto Alegre o Festival Arte.Mov, arte em mídias móveis/2010, evento que acontece em várias capitais brasileiras com diferentes formatos. Entre as várias atividades destaco o Workshop Culture Robot com o paulista Ricardo Palmieri, que montou aqui a 4a versão de um projeto que ele e o croata Kruno Jost vêm realizando pelo mundo afora. A idéia é montar mapas alternativos que se sobreponham aos mapas georreferenciados do Google e afins, criando pontos de interesses na cidade, como espécies de ruídos, bolhas de afeto, guetos de cultura. A coisa toda vira uma grande instalação montada numa sala escura com um mapa projetado no chão. Os arquivos de imagens (produzidos por nós com câmeras de todos os tipos, inclusive de celulares, pinholes e etc.) são acionados por robôs ligados a sensores que disparam o material quando passam por cima dos pontos marcados no mapa, durante suas trajetórias aleatórias. Os robôs têm um pouco de flâneur, representam também muito do que fazemos nas nossas rotas diárias pré-programadas como se fossem roteiros de máquinas, além do sempre intrigante jeito como lidamos com todos os estímulos da cidade de forma seletiva.

O mais legal é que a proposta pode ser feita em diferentes plataformas, aparelhos e principalmente usando softwares livres de edição de imagens, como o Quase Cinema, Resolume entre outros.

Acima, foto do grupo do Workshop com Ricardo Palmieri (de camiseta preta, de pé na foto à esquerda) para edição dos vídeos da instalação de Culture Robot, no Festival ARTE.MOV em Porto Alegre. 02 de novembro de 2010. Fotos© Flavya Mutran

Aqui um vídeo da instalação funcionando em POA:

Para saber mais sobre o projeto do Palmieri e Kruno:

http://gentlejunk.net/projects/tiki-index.php?page=CultureRobot

Olhares Femininos: aqui e lá!

Exposição coletiva “Olhares Femininos: aqui e lá” Por fim, Marco Antonio Portela estará presente na abertura da coletiva de Fotografia Contemporânea feminina “Olhares Femininos: aqui e lá”, da qual foi curador ao lado de Guy Veloso. A exposição reúne dezessete obras de artistas do Rio de Janeiro e doze de Belém e visa a apresentar uma mostra do que vem sendo produzido no campo da fotografia pelas artistas mulheres destes dois lugares.

A ideia é apresentar semelhanças e diferenças e refletir sobre esta produção imagética que por muitas vezes não se encontra devido ao afastamento físico imposto pela distância geográfica. Reunindo nomes já conceituados a artistas ainda em busca de maior visibilidade, “Olhares Femininos: aqui e lá” traz imagens do Rio sob a curadoria de Marco Antonio Portela dialogando com trabalhos do cenário local, selecionados por Guy Veloso.

As fotógrafas são: do Rio, Ana Paula Albé, Simone Rodrigues, Kitty Paranaguá, Rosângela Rennó, Greice Rosa, Angela Rolim, Mônica Mansur, Cláudia Bakker, Dani Dacorso, Patrícia Gouvêa, Isabela Lira, Ana Dantas, Fernanda Antoun, Helena Bach, Caroline Valansi, Fabian e Luiza Baldan, e daqui Nailana Thiely, Luiza Cavalcante, Walda Marques, Flavya Mutran, Joyce Nabiça, Claudia Leão, Ana Catarina, Fatinha Silva, Elza Lima, Karol Khaled, Paula Sampaio e Maria Christina.

Acima, imagem da série ‘there’s no place like 127.0.0.1’ ©Flavya Mutran, que integra a Mostra Olhares Femininos: aqui e lá. 2010

IND!CIAL no SESC Boulevard/PA

O Serviço Social do Comércio (SESC) Pará, realiza no período de 04 de abril a 30 de maio o projeto IND!CIAL – Fotografia Paraense Contemporânea, com a instalação de obras de fotógrafos e artistas visuais paraenses contemporâneos, em grandes formatos e projeções multimídia, oficinas com grandes nomes da fotografia e performances de música, teatro, dança e literatura, que vão marcar o inicio das atividades do novo espaço do SESC Pará, o Centro Cultural SESC Boulevard. Com programação gratuita, as inscrições para as oficinas poderão ser feitas na gerência do SESC Boulevard e a exposição pode ser vista de terça a domingo, no prédio anexo ao Centro Cultural.

SERVIÇO: IND!CIAL – Fotografia Paraense Contemporânea

Período: 04 de abril a 30 de maio de 2010. Local: Centro Cultural SESC Boulevard e anexo. (Av. Boulevard Castilho França, nº 522/523). Informações: (91) 4005-9578

Acima, a imagem da série ‘There’s no Place like 127.0.0.1’ exposta na Mostra do SESC. ©Flavya Mutran

http://www.sesc-pa.com.br ou e-mail: sescboulevard@pa.sesc.com.br

Inscrições das Oficinas: Gerência do SESC Boulevard (Av. Assis de Vasconcelos, nº 359, 2º andar / sala 206) PROGRAMAÇÃO GRATUITA